sexta-feira, 29 de julho de 2016

terça-feira, 26 de julho de 2016

O que é possível fazer (ou saber) para quebrar a rotina e dissipar o tédio?



O dia a dia começa a ficar maçante e os afazeres pesam

Como é a sua rotina?



Não há criatura que não tenha experimentado uma situação em que o dia a dia começa a ficar maçante e os afazeres pesam.

Não há criatura… até os bebês, em algum momento se mostram entediados, manhosos, como se a mesmice (do berço?) lhes causasse incômodo .

Quando isto nos acontece, a primeira coisa que desejamos é quebrar a rotina.


Normal. Fugir da rotina é possível e necessário. Antes, porém, é preciso conhecê-la e ter com ela uma relação de amor e compromisso porque, observando bem, descobriremos que a mesmice também tem sua poesia.



Antoine Saint-Exupéry descreveu a rotina num belíssimo diálogo entre o pequeno príncipe e a raposa:



Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração… É preciso ritos.”

(O pequeno príncipe - Cap. XXI)



E o Rei Roberto Carlos compôs, lindamente, uma ode* ao dia a dia de um homem qualquer



“(...)Estou chegando para mais um dia
De trabalho que começa
Enquanto lá em casa ela desperta
Pra rotina do seu dia(...)

O dia vai passando, a tarde vem
E pela noite eu espero
Vou contando as horas que me separam
De tudo aquilo que mais quero
Meu rosto se ilumina num sorriso
No momento de ir embora
Não posso controlar minha vontade
De sair correndo agora

O trânsito me faz perder a calma
E o pensamento continua
Pensando em minha volta muitas vezes
Ela vem olhar a rua
(...) - (ROTINA – Roberto Carlos)



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Só podemos quebrar a rotina se tivermos uma rotina, e qualquer atividade pode ser uma fuga prazerosa quando temos para onde voltar.
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Uma dica?



- Faça uma lista das atividades diárias – mas escreva com graça – e tente enxergar um poema no seu dia.



Pronto. Agora já podemos sugerir uma série de outros pequenos/grandes eventos para escrever no verso do seu poema.

Apenas uma sugestão



O que você sugere?

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Ode* - É uma composição poética, às vezes nem tanto, para ser cantada ou declamada(…)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Três passos simples para vencer a depressão e ser feliz



"Porque a vida é como uma roda gigante..."

Leia e inspire-se.


Para conseguir virar a página e continuar a própria história ela* se propôs um desafio.

Sentia-se infeliz e vazia.
Vazia de sonhos ou de qualquer outro sentimento que pudesse ser considerado motivação para a vida. Percebia-se um ser parado no tempo prestes a cair no poço da depressão. Porém, antes que isto acontecesse tratou de inventar algo que pudesse ser usado no lugar dos antidepressivos.

O que ela fez?
Primeiro pensou muito sobre o que poderia fazer por si mesma e então, se desafiou (gostei dessa parte):
* Enfrentaria um grande medo – difícil escolher entre tantos...
* Realizaria seu maior desejo – eram todos mirabolantes, como realizar um, sequer?
* Satisfaria sua maior necessidade – qual área da vida seria beneficiada?

É bem verdade que não foi nada fácil. Seu interior estava seco. Não existia vontade de nada. Foi preciso fingir que queria, mesmo sem querer e, quando pensou sobre isto criou para si um jogo e levou a sério a proposta. Riu de si mesma e começou a viver.

1 – Escolheu o medo da solidão – Para enfrentá-lo,entre tantas outras coisas, aprendeu a cantar: cantava no chuveiro, cantava cozinhando, cantava dirigindo… cantava qualquer coisa, desafinada, fora do ritmo, invencionices, mas cantava. Assim pode ouvir sua própria voz e até gostar dela...
Esta parte não termina por aqui.
É um projeto que ainda está em andamento mas com muitas histórias boas de ouvir: - saiu sozinha para festas; comprou uma orquídea e deu nome a ela; adotou um cachorrinho de rua; levou bolo meio queimado para a vizinha (rs); fez amizade com o vendedor de picolé; entrou num curso de idiomas e pretende viajar para o exterior com as colegas da classe.



2 – O maior desejo: viajar pelo mundo – Já está planejando a primeira viagem. Se vai realizar, de fato, não sabe ainda, mas enquanto isso, preenche seu tempo com os sonhos – “melhor do que antidepressivo”, disse.






3 – Necessidade número um: equilibrar-se psicologicamente/espiritualmente – Acreditou que atendendo a esta necessidade poderia satisfazer várias outras. Pensando assim, buscou orientação em ambas as áreas. Passou a frequentar grupos de apoio e com isto aumentou seu círculo de amigos. Aprendeu que esta será uma busca que exige esforço, determinação, vigilância por toda a vida.

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O que era pra ser uma encontro rápido de porta de banco, virou uma entrevista. Puxei a pessoa* para um sorvete e apliquei meu questionário. Adorei tudo!

Aqui estão três passos simples (nem tanto) para vencer a depressão e ser feliz.

- Enfrente um grande medo.
Identifique seus medos e busque meios de enfrentá-los – Invente, exercite sua criatividade.

- Realize seu maior desejo.
Não tenha medo do grande ou inatingível. A menos que seja fazer amor solto no espaço sideral, todos os desejos podem ser realizados – continue tentando.

- Satisfaça uma de suas principais necessidades.
Identifique-a e foque. 

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*A postagem de hoje foi inspirada em uma história real, encantadora. Certamente, me lembrarei dela pela vida afora

terça-feira, 12 de julho de 2016

Tempo de ser...


Se com o passar do tempo certas coisas devem ser deixadas de lado, também há de chegar a hora de abandonar ideais, sonhos e deixar de ser feliz (?)

Mas existem aqueles, GISELLE, que desafiam o tempo e seguem vida afora com o brisa da juventude a bagunçar seus cabelos…

Giselle - imagem cedida
Para você, menina de dread e mulher valente.
e para os núcleos de todos os sujeitos.
e para mim… hoje vai o poema do Gen. MacArthur - 1945


"SER JOVEM...
A juventude não é um período da vida;
ela é um estado de espírito, um efeito de vontade,
Imagem cedida por Giselle
uma qualidade de imaginação, uma intensidade emotiva,
uma vitória da coragem sobre a timidez,
um gosto da aventura sobre o amor ao conforto.

Não é por ter vivido certo número de anos que envelhecemos;
envelhecemos porque abandonamos o nosso ideal.

Os anos enrugam o rosto, renunciar ao ideal enruga a alma.

As preocupações, as dúvidas, os temores e os desesperos
são os inimigos que lentamente nos inclinam para a terra
e nos tornam pó antes da morte.

Jovem é aquele que se admira, que se maravilha
e pergunta, qual criança insaciável: - E depois?
Aquele que desafia os acontecimentos
e encontra alegria no jogo da vida.

És tão jovem quanto a tua fé;
tão velho quanto a tua descrença.
Tão jovem quanto a tua confiança em ti e em tua esperança;
tão velho quanto ao teu desânimo.

Serás jovem enquanto te conservares receptivo ao que é belo, bom e grande;
receptivo às mensagens da natureza, do homem e do infinito.

E se um dia teu coração for atacado pelo pessimismo
e corroído pelo cinismo,
que Deus, então, se compadeça de tua alma de velho."
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Autoria: General Mac. Arthur em 1945

terça-feira, 5 de julho de 2016

Um ritmo e um tom.


Professor Valter Graciano - Apresentação do Projeto FMC "mil violões"
Sobre música e sons eu ouvi de um mestre. Bem de acordo com as definições de Guimarães Rosa: aprendia sempre e sempre ensinava.
Aprendia porque, como ele mesmo dizia, não era “letrado”.
Não dominava bem a escrita, mas falava bonito. Cada palavra nova que caía em sua graça tratava logo de memorizar para usá-la onde fosse possível. Assim, ia colecionando frases que casavam muito bem com sua voz melodiosa de poeta sertanejo.

E o que ele ensinava?

De um tudo: ensinava sobre a vida… andar na rua, descascar laranja, cozinhar arroz, tabuada “de vezes”, falar baixo, falar firme, ouvir e respeitar opiniões, mas o que mais marcou sua vida de mestre foi a música: ensinou-a como ninguém…
Era rotina as noites de sarauzinho com as crianças - com direito a pedidos:

- Pai, canta a moda do Homem d'água?

Fazia parte da educação dos filhos o conhecimento básico sobre harmonia, melodia, ritmo e tom. Ninguém era obrigado a cantar com arte, mas era obrigado “educar o ouvido e a voz”.

- Como assim?

A explicação vem por conta do professor Valter Graciano*.
Betina e Jordana - Imagem cedida pelos pais Athos Prado e Letícia Sousa
Cantar com as crianças recém-nascidas e durante a primeira infância, trabalhar a musicalidade delas após a alfabetização, especialmente a compreensão de ritmos e tons, é equivalente a contar-lhes histórias.
Atividades envolvendo música podem contribuir de forma extraordinária no desenvolvimento cognitivo, psicomotor, social e afetivo da criança.
A música deveria fazer parte do curriculo escolar em todas as instituições de ensino.”
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O Ritmo

Raquel - Flor
Foi na infância que tive os primeiros contatos com a música. Aprendi apreciar o clássico e curtir o popular quando nem sabia as diferenças entre estas classificações ou o significado da palavra eclético.
Aprendi que a base da música está sobre o trio “melodia, harmonia e ritmo”, mas é este último que dá vida aos outros dois.
Penso que o elemento ritmo tem mais poder - faz música sozinho (só penso. Não ouso discutir com os mestres).
Se nada mais interessar à criança, insista no ritmo que está presente em todas as áreas da vida.


Como Assim?

Prof. João Graciano
Agora a lição é no compasso do professor João Graciano*:

RITMIZANDO
(João Graciano)

Posso até fazer um verso
sobre poesia ou canção,
dizendo que Deus pôs ritmo
em toda a sua criação.
Põe a mão, assim, do lado
e sente o bater compassado
do seu próprio coração.

No andar se vê o ritmo
ao se balançar os braços.
Vai uma perna, fica a outra
sempre no mesmo compasso.
E os braços balançantes
torna o andar elegante
enquanto se muda os passos.

O ritmo está em tudo.
Na poesia, na canção,
no andar, no respirar
no bater do coração.
E quando vamos cantar,
usamos as palmas pra louvar
o Deus da nossa salvação.
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Então, se você não toca nenhum instrumento e não canta com arte, assim como eu, resta-nos dizer:
- dancemos!

*Valter Graciano - Licenciatura em Língua Portuguesa/Inglesa e Literaturas e Professor de História da Música na Rede de Educação Claretiano

* João Graciano - Professor de Compiladores no Curso de Ciência da Computação - UniRV
                                    - Mestrando em Engenharia Mecânica